A Deputada Estadual Daniella Jadão Menezes entende que a economia do cuidado e a educação profissional podem caminhar juntas na construção de novas oportunidades de trabalho para milhares de mulheres maranhenses. Cuidar de crianças, idosos, pessoas com deficiência, do lar e da comunidade é uma atividade que sempre sustentou a vida social, mas que, por muito tempo, foi tratada como obrigação feminina, sem reconhecimento econômico ou proteção de direitos.
A formalização e a qualificação do trabalho de cuidado também ampliam a qualidade dos serviços oferecidos às famílias. Creches, escolas, unidades de saúde, instituições de longa permanência e serviços domiciliares passam a contar com profissionais preparados, o que gera benefícios diretos para crianças, idosos e pessoas em situação de dependência.
Economia do cuidado e o trabalho feminino que sustenta famílias
Daniella Jadão Menezes esclarece que a economia do cuidado reúne um conjunto de atividades essenciais que ocorrem tanto dentro das casas quanto em serviços comunitários e instituições. Limpar, cozinhar, acompanhar consultas, ajudar em tarefas escolares, cuidar de doentes e organizar a rotina familiar são tarefas que, majoritariamente, recaem sobre as mulheres, muitas vezes sem qualquer remuneração.
Esse trabalho, embora invisível nas estatísticas tradicionais, movimenta a sociedade e permite que outras pessoas estudem, trabalhem e participem da vida pública. Quando ele é ignorado, a sobrecarga feminina aumenta e limita o acesso a oportunidades de emprego e formação. Ao reconhecê-lo como parte da economia, o poder público passa a enxergar possibilidades de profissionalização, geração de renda e criação de políticas que dividam responsabilidades de forma mais justa.
Educação profissional conectada à realidade das cuidadoras
Conforme destaca Daniella Jadão Menezes, a educação profissional precisa dialogar diretamente com as experiências e os desafios das mulheres que já exercem funções de cuidado no dia a dia. Cursos de cuidadora de idosos, auxiliar de creche, agente de saúde, técnica em enfermagem, serviços de alimentação e organização de espaços podem transformar habilidades já existentes em profissão reconhecida.
Quando essas formações são ofertadas de forma acessível, em horários compatíveis com a rotina das famílias e em locais próximos aos bairros, ampliam-se as chances de participação. A modalidade de ensino híbrido, que combina atividades presenciais e on-line, também pode facilitar o acesso de mulheres que têm dificuldade de se deslocar com frequência.

Além das competências técnicas, cursos que incluam noções de direitos trabalhistas, gestão de pequenos negócios, educação financeira e uso de tecnologias digitais fortalecem a autonomia e ampliam as possibilidades de inserção no mercado.
Empreendedorismo, cooperativas e redes locais de serviços de cuidado
Sob a análise de Daniella Jadão Menezes, a economia do cuidado também abre espaço para o empreendedorismo feminino e para a organização coletiva em cooperativas e associações. Mulheres que já cuidam de crianças na vizinhança, prestam serviços de acompanhamento a idosos ou oferecem refeições podem, com apoio adequado, transformar essas atividades em negócios estruturados, com contratos claros, preços justos e proteção social.
A criação de redes locais de serviços de cuidado, articuladas com prefeituras, escolas, unidades de saúde e organizações comunitárias, ajuda a organizar a oferta e a demanda. Famílias que precisam de apoio encontram profissionais qualificadas; trabalhadoras, por sua vez, têm mais segurança e visibilidade. Cooperativas e grupos de trabalho coletivo podem facilitar a gestão de agenda, a divisão de tarefas, a compra compartilhada de materiais e a negociação de contratos com instituições públicas e privadas.
Um estado que valoriza o trabalho de cuidar e gera novas oportunidades
Para Daniella Jadão Menezes, investir na economia do cuidado e na educação profissional voltada a esse setor é uma forma concreta de valorizar o trabalho que já sustenta famílias e comunidades há décadas. Ao reconhecer o cuidado como fonte de emprego e renda, o estado contribui para reduzir a informalidade, fortalecer a proteção social e ampliar a autonomia financeira de mulheres em diferentes regiões.
Quando o poder público articula qualificação profissional, apoio ao empreendedorismo, reconhecimento de direitos e serviços de cuidado de qualidade, toda a sociedade se beneficia. Crianças passam a ter ambientes mais seguros e estimulantes, idosos recebem atenção adequada, pessoas em situação de dependência ganham mais proteção e as mulheres cuidadoras deixam de ser invisíveis.
Um Maranhão que olha para a economia do cuidado como área estratégica de desenvolvimento abre caminho para um futuro em que o trabalho de cuidar seja reconhecido, remunerado e compartilhado, garantindo dignidade tanto para quem cuida quanto para quem recebe cuidado.
Autor: Arina Vasilievna

