No triathlon, vencer não depende apenas da natação, do ciclismo ou da corrida. Segundo Guilherme Guitte Concato, a diferença entre o pódio e o pelotão está, muitas vezes, na fluidez com que o atleta transita entre essas modalidades. A estratégia de transição no triathlon é um dos pilares da performance, pois transforma minutos em segundos e caos em método. Planejar cada gesto, cada equipamento e cada movimento é o que define uma prova sem desperdício de energia e com foco absoluto no desempenho.
A transição é o elo entre as três disciplinas e o momento em que o corpo precisa mudar de estímulo, o que exige tanto preparo físico quanto mental. A organização do espaço e a antecipação de cada necessidade do atleta são fundamentais para que o processo ocorra de forma automática. Leia mais e entenda tudo sobre esse assunto:
Estratégia de transição no triathlon: O poder da preparação antecipada
A transição começa antes da prova, com o reconhecimento do local, o posicionamento da bicicleta e a checagem dos percursos de entrada e saída. Conforme explica Guilherme Guitte Concato, essa etapa prévia é o momento de memorizar trajetos, visualizar o que será feito e eliminar qualquer dúvida que possa surgir sob pressão. Um atleta preparado sabe de cor a sequência de ações, da retirada da touca à colocação do capacete, e nada é deixado ao improviso.
Outro ponto crucial é a disposição dos equipamentos. O ideal é que cada objeto ocupe uma posição lógica, priorizando praticidade e ergonomia. O tênis, por exemplo, deve estar com cadarços elásticos ajustados, o capacete já aberto e os óculos no interior dele, prontos para o encaixe imediato. Como pontua Guilherme Guitte Concato, essa organização não é detalhe, mas tática: ela economiza segundos que, somados, podem representar uma ultrapassagem ou até um lugar no pódio.
Controle mental e ritmo: A transição como zona de reprogramação
Ao sair da água, o atleta lida com uma mudança brusca: músculos usados na natação cedem lugar aos das pernas, e a frequência cardíaca se ajusta ao novo padrão. Nesse momento, o controle emocional faz toda a diferença. A ansiedade pode gerar pressa e desordem, e qualquer erro compromete o resultado. Como destaca Guilherme Guitte Concato, o segredo é manter a mente ancorada em um protocolo treinado, no qual cada gesto é automático e funcional.

O mesmo raciocínio vale para a transição entre o ciclismo e a corrida. O corpo sente o impacto imediato da troca, e é comum que os primeiros metros pareçam mais pesados. Aqui, o atleta precisa de uma estratégia de adaptação: desacelerar gradualmente no fim do pedal e aumentar o ritmo progressivamente na corrida. O treinamento específico dessa sensação prepara o corpo para mudar de estímulo sem perda de eficiência, garantindo fluidez entre as modalidades.
Equipamentos, técnica e repetição: A excelência vem da rotina
A eficiência da transição é construída em treinos, não em competições. Cada atleta deve replicar o ambiente da prova durante os treinos, testando roupas, sapatilhas e acessórios até que cada movimento se torne natural. Para Guilherme Guitte Concato, a repetição é a ferramenta que transforma a transição em reflexo: o corpo executa sem pensar, e a mente permanece livre para decisões estratégicas.
Nesse sentido, a escolha dos equipamentos também influencia diretamente o desempenho. Materiais de secagem rápida, cadarços elásticos e bicicletas ajustadas à ergonomia pessoal são diferenciais que evitam atrasos e desconfortos. Além disso, investir em pequenos detalhes, como marcar visualmente o local de transição ou usar toalhas de cores vibrantes, pode facilitar a identificação do espaço em meio a dezenas de bicicletas. A técnica, aliada à prática, torna cada segundo previsível e sob controle.
Segundos que valem uma vitória
Em resumo, a transição perfeita é a arte de transformar o caos em precisão. No triathlon, onde cada segundo conta, ela representa a fronteira entre o bom e o extraordinário. De acordo com Guilherme Guitte Concato, atletas que dominam essa etapa unem método, disciplina e autoconhecimento, eliminando o improviso e elevando o padrão de desempenho. Mais do que uma passagem entre modalidades, a transição é o espelho da mentalidade do triatleta: organizada, eficiente e consciente.
Autor: Arina Vasilievna

