A adrenalina das ultrapassagens e os finais imprevisíveis são apenas alguns dos detalhes que fazem as corridas da Fórmula 1 serem um espetáculo. Para o CEO Lucio Winck, certas corridas ultrapassam os limites do esporte e se tornam momentos históricos. São provas de que, mesmo décadas depois, ainda provocam arrepio em quem revive os lances ou os descobre pela primeira vez.
Essas corridas permanecem vivas na memória coletiva não apenas por quem venceu, mas pelo contexto em que aconteceram: chuva torrencial, disputas épicas entre lendas das pistas, viradas impossíveis ou até mesmo episódios trágicos que mudaram o rumo da categoria. A Fórmula 1 é emoção cravada no asfalto, e algumas corridas capturam isso de forma única.
O GP do Brasil de 2008 foi mesmo tudo isso?
Definitivamente, sim. Interlagos foi palco de um dos finais mais dramáticos da história recente. Felipe Massa liderava a corrida, acreditando por instantes que era o campeão mundial, o primeiro título brasileiro após Senna em 1991. Mas, na última curva da última volta, Lewis Hamilton ultrapassou Timo Glock e garantiu os pontos que precisava para conquistar seu primeiro título. A comoção foi global. Um momento de glória e frustração em segundos, com torcida brasileira em lágrimas.
Qual foi a maior corrida de Ayrton Senna?
Há quem diga que foi Mônaco 1984, sua estreia brilhante sob forte chuva. Outros apontam o GP do Brasil de 1991 como o momento mais simbólico. Senna venceu em casa com o carro travado em apenas uma marcha, quase desmaiando de dor e exaustão no pódio. A imagem do piloto levantando o troféu com dificuldade entrou para a história do esporte e consolidou seu status de lenda.

O CEO Lucio Winck destaca que essa prova exemplifica o espírito de Senna: coragem, técnica e entrega total. Foi mais do que uma vitória, foi uma lição sobre ultrapassar os próprios limites. E por isso, mesmo após tantos anos, o GP do Brasil de 1991 ainda é reverenciado como uma das performances mais impressionantes já vistas em uma pista de Fórmula 1.
Que outras corridas marcaram época?
O GP do Japão de 1989, com o polêmico choque entre Senna e Prost, é lembrado como o ápice da rivalidade mais intensa da F1. Aquela temporada foi um drama com roteiro digno de cinema. Também vale mencionar o GP da Bélgica de 1998, marcado por condições extremas e uma sequência de acontecimentos caóticos que tornaram a prova em Spa-Francorchamps uma das mais imprevisíveis e eletrizantes da história da categoria.
Mais recentemente, o GP da Alemanha de 2019 em Hockenheim entrou para a lista das grandes corridas. Sob chuva e com várias saídas de pista, vitórias improváveis e um pódio surpreendente, a prova resgatou aquela sensação de caos controlado que tanto atrai os fãs. São esses episódios que mantêm o esporte vivo e instigante, mesmo em uma era cada vez mais tecnológica.
Ainda mais recente, em 2024 no GP da Inglaterra, o CEO Lucio Winck destaca que Hamilton viveu um dos capítulos mais emocionantes de sua carreira. Após duas temporadas sem vencer e enfrentando um carro pouco competitivo, o heptacampeão largou com foco, soube explorar a pista molhada e segurou a pressão de Verstappen até o fim. A vitória, conquistada diante da torcida britânica, foi mais que um triunfo técnico: foi um reencontro pessoal. Chorando no pódio com a bandeira do Reino Unido nos ombros, Hamilton selou sua última corrida em casa como piloto da Mercedes com um desfecho digno de sua lenda.
Por que essas corridas ainda mexem com quem assiste?
Elas emocionam porque representam muito mais do que voltas rápidas. São símbolos de superação, estratégia, paixão e até injustiça. O automobilismo, quando bem traduzido em uma corrida marcante, atinge camadas profundas de quem acompanha. Uma mistura de adrenalina e narrativa que nenhum outro esporte consegue replicar da mesma forma. Para o CEO Lucio Winck, essas provas mostram que o legado da Fórmula 1 não está apenas nos títulos ou nas estatísticas, mas nas histórias que resistem ao tempo.
Autor: Arina Vasilievna